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terça-feira, 21 de maio de 2013

Visão turva, foco errado

Não é o BRT que tem que ser esgarçado do Terminal Alvorada para o Jardim Oceânico. É a Linha 4 do Metrô que precisa avançar em direção ao centro da Barra, integrando-se à monumental estrutura que se está construindo na confluência das avenidas das Américas e Ayrton Senna.

É preciso fechar, ainda, o anel da Linha 1, seguindo da futura estação Uruguai, na Tijuca, até a Gávea, atravessando o Maciço da Carioca num túnel cuja obra representa, ao mesmo tempo, impacto ambiental zero e importância na vida da cidade, ao contrário, descomunal.

E também enredar mais o sistema sobre trilhos, construindo-se uma opção da Gávea ao Centro por Humaitá e Botafogo, além de incluir Jacarepaguá na malha metroviária, através de um traçado integrado que contemple, por exemplo, Vila Isabel, em direção ao Centro da Cidade.

Mais ainda: transpor a Baía de Guanabara e chegar a Niterói, como planejado há 60 anos.

É o transporte ferroviário - metrô e trem de subúrbio - que precisa ser prestigiado no Rio de Janeiro, enfim. A cidade, que curiosamente se orgulha de sua malha cicloviária mas não aprendeu ainda a respeitar a bicicleta, não precisa de mais ônibus a reter continuamente o trânsito e oferecer o serviço ordinário que está aí.

Deixar o carro em casa e preferir o transporte público é bom para a metrópole, mas o cidadão precisa ter a contrapartida de um sistema de transportes à altura da cidade mais importante do país.

Mudanças benéficas têm sido vistas nas intervenções recentes provocadas pelas atrações esportivas globais que estão a caminho. Qualidade de vida para os cariocas que ficam, depois dos jogos que vêm e vão, num piscar de olhos.

Então, a hora de mudar paradigmas, mais do que nunca, é essa!

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