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terça-feira, 4 de maio de 2021

Integração melhorada em Jacarepaguá

A Secretaria Municipal de Transportes começa, enfim, a corrigir as sandices deixadas de herança na operação do transporte público por ônibus, no Rio de Janeiro. Uma herança, por sinal, deixada pela mesma administração que está lá hoje: foi na segunda metade da prefeitura de Eduardo Paes que os erros foram cometidos, e a gestão Crivella nada fez a respeito nesse meio tempo, passando batido, como motorista que deixa passageiro a pé, no ponto.

A implantação do BRT (Bus Rapid Transit, o corredor segregado, expresso, de ônibus articulado) provocou modificações no rol de linhas, de modo a eliminar percursos coincidentes (em Jacarepaguá, caso típico da 952, Penha - Praça Seca), ou alimentar o corredor, trazendo ganho em tempo de percurso e em trânsito menos engarrafado.

Mas houve senões. Três linhas que faziam a comunicação do Centro (346, para Gardênia Azul), da Rodoviária (353, para a Cidade de Deus) e da Tijuca (636, também para a Gardênia) com Jacarepaguá, foram cortadas, inicialmente em Madureira e, depois, na Praça Seca, sem o devido critério. A 346 já foi, inclusive, desativada. A 353 é a única opção para quem chega à Novo Rio e quer vir para a região. E a 636 era uma das linhas 'da madrugada', que rodam a noite toda e atendem aos trabalhadores e a quem está bordejando nas altas horas.

Importante lembrar que as linhas que passam pela serra (Avenida Menezes Cortes, a Estrada Grajaú - Jacarepaguá) deixam de rodar a partir de certa hora da noite.

Ocorre que, para que o 353 e o 636 cheguem à Praça Seca, os ônibus precisam fazer o retorno quase um quilômetro depois, na Rua Cândido Benício, em frente à Vila Olímpica do Mato Alto. Retorno esse que fica menos de 500 metros antes da estação do BRT do Tanque, onde há um terminal de transbordo para linhas locais.

Agora, essas duas linhas foram estendidas até o Tanque, tendo uma delas (a 353, da Rodoviária) sido alocada com ponto no terminal. Seu trajeto tangencia a Tijuca, pois atravessa Vila Isabel.

A 636, por sua vez, faz somente o retorno, no início das avenidas Geremário Dantas e Nélson Cardoso, mas permite o desembarque próximo ao terminal e a integração com as linhas que partem dali para sub-bairros de Jacarepaguá. E com o próprio BRT, é claro. Melhor seria também ser transferida para ter o Tanque, como destino.

Eu mesmo cheguei a escrever à prefeitura com essa sugestão, de referenciar especificamente a linha 636 ao Tanque. Pelo visto, de algum modo, a possibilidade de integração foi resgatada e o bom senso prevaleceu.

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